
O desemprego no Brasil recuou para 6,8% no trimestre encerrado no mês de julho, mostram dados apresentados nesta sexta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com a queda, a taxa figura no menor nível de toda a série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), coletada desde 2012, para o período. (Por Alexandre Novais Garcia) - foto Paulinho Costa feebpr -
O que diz a PnadNível de desemprego é o menor de toda a séria histórica para o trimestre até julho. Até então, a taxa mais baixa para o período havia sido registrada em 2014 (7%). No mesmo intervalo do ano passado, a população desocupada do Brasil totalizava 7,9%.
Na análise de todos os períodos, a taxa é a mais baixa desde dezembro de 2014. Naquele trimestre, 6,6% da população buscava por uma vaga no mercado de trabalho. Já o menor percentual de toda a série foi apurado em dezembro do ano anterior (6,3%).
Total de pessoas em busca por uma colocação soma 7,43 milhões, afirma IBGE. O número é o menor para o trimestre finalizado em julho desde 2014, quando 6,9 milhões não tinham trabalho e procuravam por um cargo. No mesmo período do ano passado, o volume de profissionais em busca por um emprego somava 8,520 milhões.
"O trimestre encerrado em julho mantém os resultados favoráveis do mercado de trabalho que vinham sendo observados ao longo do ano, com queda da desocupação e expansão contínua do contingente de trabalhadores." Adriana Beringuy, coordenadora da PnadTotal de trabalhadores no Brasil bate novo recorde. Segundo o IBGE, o número de profissionais cresceu 2,7% (mais 2,7 milhões de pessoas) em um ano e alcançou 102 milhões de pessoas. A evolução conta com a contribuição dos volumes recorde de empregados do setor privado (52,5 milhões) e do setor público (12,7 milhões). As altas anuais foram de, respectivamente, 4,5% (mais 2,2 milhões de pessoas) e 3,6% (436 mil pessoas).
Número de profissionais formais e informais são os maiores da história. O Brasil contava com 38,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada e 13,9 milhões de informais entre abril e junho. Ambos os valores correspondem à maior apuração desde o início da pesquisa. A principal contribuição para a ocupação no setor privado partiu do comércio, com 19,3 milhões de empregados, alta de 2,6% no ano.
"Parte expressiva da expansão da ocupação no comércio ocorreu por meio do emprego com carteira de trabalho assinada, o que contribui para a melhoria da cobertura de formalidade nessa atividade." Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad
População fora da força de trabalho potencial segue estável. O total de pessoas com 14 anos ou mais que não estavam ocupadas nem desocupadas, mas possuíam um potencial para exercer uma colocação foi estimado em 66,7 milhões. Segundo o estudo, o número representa estabilidade nas bases de comparação trimestral e anual.
O rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.206 em julho. O valor representa uma alta de 4,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a remuneração média dos brasileiros foi de R$ 3.058. Já em relação ao trimestre encerrado em abril (R$ 3.13), houve variação positiva de 0,72%.
Remuneração de outros serviços foi a que mais cresceu em um ano. Na comparação com julho de 2023, os salários médios da categoria avançou 8,2% (mais R$ 193). A renda também aumentou para os trabalhadores da indústria (6,7%), de armazenagem e correio (5,8%), da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (5,4%, ou mais R$ 229) e do comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (4,7%).
Massa de rendimentos atingiu R$ 322,4 bilhões. Como a evolução dos salários, a soma de todos os rendimentos das pessoas ocupadas apresentou variação de 1,9% ante os trimestre finalizado em abril (mais R$ 6 bilhões) e de 7,9% em relação ao mesmo período do ano passado (alta de R$ 25,5 bilhões).
O que é a Pnad ContínuaDivulgado desde 2012, o estudo do IBGE abrange todo o território nacional. Em suas coletas, a pesquisa avalia indicadores relacionados à força de trabalho entre a população com 14 anos ou mais. O grupo é aquele que integra a População Economicamente Ativa do país.
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Quero receberOs indicadores utilizam as informações dos últimos três meses para a pesquisa. Assim, os dados produzidos mensalmente pela Pnad não refletem a situação de cada mês, mas, sim, o desempenho de cada trimestre móvel do ano. Sendo assim, os números atuais refletem a situação do mercado de trabalho entre os meses de abril e junho. (Fonte: UOL)
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